Sair da casa dos pais é uma mudança emocionante e, ao mesmo tempo, muito desafiadora! É importante entender o que você pode planejar minimamente e saber também que nem tudo está sob seu controle. Confira algumas dicas para esse momento!
Se você já pensou em sair da casa dos pais, está no processo ou acabou de fazer isso, provavelmente já deve ter acessado diversos conteúdos sobre esse assunto. Isso porque é normal buscar conselhos ou estratégias que facilitem essa decisão, já que ela envolve tantos detalhes. Eu entendo, porque passei por isso nesse ano.
Já pensava em me mudar há muitos anos, mas foi em março de 2024 que consegui fazer isso para dividir um teto com meu companheiro e com meus gatinhos.
Antes de fazer isso, passamos por diversas questões, como quando seria a mudança, qual bairro procurar imóveis, o que a gente levaria pro apartamento, onde compartíamos as coisas, enfim, muitos pormenores.
Agora o que a gente não sabia era dos outros fatores que acompanhariam esse combo, como burocracias para lidar, emoções a serem trabalhadas, alterações na rotina, período de adaptação, crescimento pessoal e outras variáveis.
Pensando nisso, resolvi ajudar quem pensa em fazer isso também, porque ter um teto todo seu envolve muito mais do que ter uma reserva de emergência, alugar um imóvel e comprar os móveis da casa. Vem comigo!
A importância de sair da casa dos pais
Sair da casa dos pais é um passo fundamental na jornada de crescimento e autodescoberta de qualquer qualquer pessoa, pois essa mudança representa a conquista da independência e a oportunidade de assumir responsabilidades que fazem parte do fluxo natural da vida e, principalmente, da vida adulta.
Ao deixar o lar do seu núcleo familiar, é possível desenvolver habilidades essenciais para viver, como ter mais controle sobre a gestão financeira, aprender como aprimorar a organização do dia a dia e definir estratégias para tomar decisões com mais segurança.
Essas experiências não apenas fortalecem a nossa autoconfiança e o nosso senso de estar vivenciando a fase adulta, de fato, mas também preparam o terreno para enfrentar os desafios da vida de forma mais assertiva.
Além disso, essa mudança proporciona um espaço para a construção da própria identidade. Sim! Ao viver só, com o companheiro ou com amigos, é possível explorar novos interesses, estabelecer rotinas que refletem o estilo de vida desejado e criar um ambiente que se alinhe com sua personalidade.
E, claro, muitas coisas em você podem mudar também, já que você vai descobrir outros detalhes sobre si, lidar com diversas transformações e começar a se apresentar de outra forma para as pessoas.
A convivência com diferentes pessoas e a exposição a novas situações ampliam horizontes, o que ajuda a promover o crescimento pessoal, social e até profissional também.
Assim, sair da casa dos pais não é apenas uma questão de mudar de endereço, mas sim uma oportunidade valiosa para se tornar um adulto mais consciente e preparado para o futuro.
O que levar em consideração antes, durante e depois da mudança
Muitas pessoas batem na tecla de juntar dinheiro e ter uma boa condição financeira antes de sair da casa dos pais e, sim, isso é super importante, mas dar esse passo vai muito além disso. É fundamental prestar atenção nesses outros detalhes para se preparar também emocionalmente, mentalmente e fisicamente para o caminho que está por vir.
Confira a seguir alguns dos principais conselhos que eu considero super importantes para esse período desafiador e também cheio de vantagens para o seu crescimento.
Planejamento financeiro para se mudar
Claro que devemos começar pensando nele, afinal, será necessário para assinar contrato, comprar coisas necessárias para o dia a dia e ter a segurança de que você vai conseguir se manter mensalmente. Porque, sim, é preciso fazer um planejamento para os gastos iniciais, mas também analisar o orçamento disponível para as despesas que vão aparecer a cada mês.
Pode ter a plena certeza de que os boletos não vão errar seu endereço físico nem seu e-mail, e contas não vão faltar nessa nova fase. E, sim, eu sei que no começo pode ser um pouco desesperador saber que tudo vai depender de você e de quem vai morar junto, mas com o tempo você começa a perceber que isso é mais do que natural.
Para planejar suas finanças, é necessário calcular quais serão os gastos iniciais, como os móveis necessários, os utensílios de cozinha, os acessórios de cama, mesa e banho, e também os custos da própria mudança. Você pode pesquisar quais são os fretes disponíveis da sua cidade, os preços e quais empresas são mais confiáveis para esse serviço.
Também é indicado ver se o apartamento que você vai se mudar precisa de alguma reforma. O local está precisando trocar a parte elétrica ou algum cano d’água? É preciso contratar o gás encanado? É necessário chamar algum técnico para montar os móveis ou fazer alguns ajustes? Tudo isso também deve entrar no planejamento financeiro para se mudar.
Lembre-se: nenhum lugar será perfeito, ainda mais quando é a primeira vez que você vai escolher um para morar. Sempre vai haver uma coisinha ou outra que você vai precisar abrir mão e se adaptar para, com o tempo, fazer algumas mudanças caso ache necessário. Porém, o que você deve priorizar é o seu bem-estar e a sua segurança!
Então vale procurar lugares com portaria ou com comércios e outros estabelecimentos próximos para gerar mais tranquilidade no seu dia a dia.
Vale também dar uma volta pelas redondezas, andar pelo condomínio e conversar com o proprietário do imóvel para saber mais detalhes antes de assinar o contrato.
Orçamento mensal
Após fazer a mudança, quais serão os gastos fixos e variáveis de cada mês? Eu sei que essa questão parece meio nebulosa e difícil, até porque no começo é difícil ter uma base. Porém, você pode começar vendo quais são as contas da casa da sua família e qual é mais ou menos o valor de cada uma para ter uma noção. Conversar com pessoas que já saíram da casa dos pais também é uma boa!
E, claro, as contas da casa familiar só servem para você se basear, porque é bem provável que as da sua saiam mais em conta, já que vai ser uma quantidade menor de pessoas.
As principais contas fixas serão:
- Aluguel;
- Condomínio;
- Energia;
- Água (às vezes, a depender de cada imóvel, faz parte do condomínio);
- Gás;
- Internet;
- IPTU.
Basicamente é isso que, com certeza vai chegar todo mês para você. Porém, é preciso ver o orçamento também de algumas outras contas que podem variar nos valores, entre elas:
- Mercado;
- Itens de casa;
- Farmácia;
- Pets;
- Faxina;
- Saúde;
- Deslocamentos;
- Atividade física;
- Beleza;
- Delivery.
Uma das coisas que quase ninguém conta é que a primeira conta do mercado costuma dar mais caro. Porque você ainda não tem nada na dispensa nem na geladeira, então não vai ser uma compra só de reposição. Então vale ter um valor à parte para essa primeira compra.
Outro ponto importante para planejar o seu orçamento é deixar sempre um dinheirinho reservado para caso quebre alguma coisa, surja algum imprevisto ou seja preciso fazer um ajuste.
Burocracias
Um dos aspectos menos glamourosos de sair de casa dos pais é lidar com os processos burocráticos que permeiam a vida adulta. Desde a assinatura do contrato de aluguel até a abertura de contas de água, luz e internet, é fácil sentir um nível maior de sobrecarga, especialmente nos primeiros meses.
Uma dica é fazer uma lista de tudo o que precisa ser resolvido e ir riscando os itens à medida que forem sendo concluídos. Assim, o processo se torna mais gerenciável e menos estressante.
Adaptação à nova vida
Quando você finalmente fecha a porta da casa dos seus pais e se muda para o seu novo lar, a sensação de ter várias emoções misturadas faz parte. É natural que muitas pessoas pensem que logo vão sentir mais liberdade após a mudança, mas o processo de adaptação pode ser um pouco mais complicado do que parece.
Isso porque a rotina que você tinha em casa muda completamente. Sim, muda tudo, absolutamente tudo, não apenas o ambiente físico, mas o dia a dia, os hábitos, os arredores da casa e, inclusive, você.
Agora, você é responsável por tudo: desde as tarefas domésticas até as compras do mês. É um grande aprendizado, e a chave é ter muita paciência consigo e saber acolher suas emoções nesse começo de novo ciclo na sua vida.
Pense bem, se uma mudança pequenininha já pede que você se adapte, imagine só essa. Esse processo de realmente se sentir em casa na sua própria casa pode levar mais tempo do que você espera, e não precisa se cobrar para que seja o quanto antes. Vá vivendo um passo de cada vez.
No começo, pode ser difícil se organizar, como acontece na maioria das mudanças mais intensas, mas com o tempo, você vai encontrar seu ritmo e estabelecer mudanças positivas para ter a rotina que te faz bem.
Coragem
Tomar a decisão de sair de casa e lidar com todas as coisas novas que surgem junto com esse passo exige muita coragem. É preciso enfrentar o medo do desconhecido e a insegurança que vem com a nova fase da vida.
Muitas vezes, o apoio dos amigos e da família é fundamental nesse momento. Converse com pessoas que já passaram por isso. Compartilhar experiências ajuda a desmistificar a ideia de que você deve ter tudo sob controle desde o início.
Dia a dia
Criar novas rotinas é uma parte essencial dessa nova fase. Você vai descobrir o que realmente gosta de fazer em casa.
Seja cozinhar, cuidar das plantas, decorar os móveis ou simplesmente relaxar no sofá com um bom livro, tudo isso faz parte da construção do seu novo lar.
Além disso, você pode estabelecer horários que funcionem melhor para você, sem a necessidade de se adaptar à rotina dos outros.
Caso você vá morar com o seu companheiro, como eu fiz, ou com amigos, é importante também conversar sobre a rotina em conjunto, a fim de alinhar necessidades, preferências e atividades.
E, sim, eu sei que seu núcleo familiar podia já ter costumes e hábitos semanais, mas você vai perceber que, após a mudança, será necessário criar suas próprias tradições. Isso não é da noite pro dia, mas tudo é uma construção que você vai desenhando aos pouquinhos para saber o que faz mais sentido e o que pode ficar no passado.
Crescimento pessoal
Você vai sentir que realmente entrou na fase adulta. Sim, apesar de que você provavelmente já estivesse nesse período, já trabalhasse e já tivesse que enfrentar várias questões relacionadas a isso, é só ao sair da casa dos pais que você passa a sentir que essa idade chegou. Rindo, mas é absolutamente verdade!
No final de semana, por exemplo, você não vai mais achar que vai ter os dois dias para descansar plenamente, pois vai precisar escolher o sábado ou o domingo para fazer uma faxina na casa.
Além de limpar e arrumar os cômodos, provavelmente também vai precisar fazer a compra semanal do mercado para repor coisinhas que podem estar faltando, organizar as refeições da semana e ver uma coisa ou outra que precisa ser feita, como o planejamento das finanças ou a organização da rotina para os próximos dias.
Apesar de parecer ser muita coisa, e é até mais do que parece, todos esses novos compromissos, responsabilidades e tarefas vão ajudar você a ter novos aprendizados, o que aumenta o seu amadurecimento emocional e expande bastante o seu crescimento interior como pessoa.
E, sim, tudo leva tempo. E no começo você pode sentir uma certa estafa física e emocional diante de tantas mudanças e coisas que precisa enfrentar.
Porém, em vez de se pressionar a ter tudo sob controle desde o primeiro dia, reconheça que a adaptação leva meses. Foque em criar um ambiente acolhedor e funcional, onde você se sinta confortável.
Conheça sua nova vizinhança, faça novas amizades e busque atividades que lhe interessem, como ir à academia ou lanchar em um café próximo. Essas pequenas ações não apenas ajudarão a suavizar a transição, mas também enriquecerão sua nova vida.
Outro ponto importante ao decidir sair da casa dos pais é ter um diário em mãos para anotar o que você tem percebido de diferente por dentro e ao redor. Escrever sobre as transformações desse caminhar podem torná-las ainda mais ricas!
Espero ter ajudado você com essas dicas! Sei que você vai se preparar bem para esse passo tão importante e transformador na vida, e estou torcendo para dar tudo certo por aí. Um beijo!